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Padrão Arlequim - Entenda a genética e cuide da saúde do seu cão

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A pelagem dos cães pode variar muito em cor, formato e textura. Até hoje, já foram identificados vários genes que influenciam essas diferenças, embora ainda existam muitas características que os cientistas continuam estudando. O padrão arlequim é marcado por manchas escuras sobre um fundo branco e tem origem em uma combinação de dois: merle (M) e arlequim (H), o que o torna geneticamente mais complexo que outros tipos de coloração. A variante é encontrada no gene PSMB7 (também conhecido como lócus H), que codifica uma das subunidades que fazem parte do proteassoma.

O padrão arlequim é mais comum em Dogues Alemães, mas também pode surgir ocasionalmente em outras raças que tenham o gene para a coloração merle. Estudos com registros de criação de Dogues Alemães mostraram que os cães arlequins não produzem apenas filhotes arlequins, o que indica que eles possuem apenas uma cópia do alelo H (são heterozigotos). Já os cães com duas cópias (HH) não sobrevivem, pois essa combinação é letal ainda no início do desenvolvimento do embrião. Como cruzamentos entre dois cães arlequins não resultam em natimortos, acredita-se que a morte ocorra nas fases iniciais da gestação, antes mesmo do nascimento.

Além do padrão arlequim, outro aspecto importante da genética da pelagem é o duplo merle. O duplo merle acontece quando um cão herda duas cópias do alelo merle (MM), uma do pai e outra da mãe. Ao contrário do arlequim heterozigoto, o duplo merle está associado a riscos significativos para a saúde, especialmente problemas de audição e visão, como surdez parcial ou total e alterações oculares. Por isso, cruzamentos entre dois cães Merle devem ser realizados com extremo cuidado ou evitados, para não gerar filhotes com essas complicações.

Para criadores e tutores, entender esses riscos é fundamental. Testes genéticos permitem identificar quais cães carregam os genes para Merle e Arlequim, possibilitando decisões de cruzamento mais seguras. Além disso, é recomendável realizar exames auditivos e oftalmológicos nos filhotes, principalmente quando há histórico de genes de coloração complexos na linhagem. Conhecer a genética por trás da pelagem não apenas ajuda a preservar padrões desejados, como também protege a saúde e o bem-estar dos cães, evitando que problemas graves se manifestem.


 
 
 

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