Ictiose canina: entenda a doença genética de pele que pode afetar seu cão
- Jaqueline Oliveira Rosa
- há 3 horas
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Por Dra. Jaqueline Oliveira Rosa
Bacharel em Ciências Biológicas com ênfase em Biotecnologia
Mestrado e Doutorado em Genética e Melhoramento Animal

Seu cão tem caspa em excesso, pele ressecada ou descamação intensa?
Esses sinais podem indicar algo além de uma simples irritação, uma doença genética chamada ictiose canina.
Apesar de muitas vezes começar com sintomas sutis, a ictiose pode causar grande desconforto e até favorecer outros problemas de pele, se não for identificada e tratada a tempo.
A boa notícia é que, hoje, testes genéticos específicos permitem descobrir se o seu cão carrega essa alteração, ajudando você e o veterinário a entender melhor a causa e escolher os cuidados mais adequados.
A ictiose canina é um grupo de doenças hereditárias (genéticas) que afetam a forma como a pele do cão se renova e se protege. Essas alterações fazem com que a pele produza queratina em excesso, ficando mais grossa, seca e com aparência escamosa. Os sinais da ictiose aparecem principalmente na pele e no pelo, causando escamas grandes e aderidas, parecidas com flocos de neve ou escamas de peixe, que podem se espalhar por todo o corpo. Isso acontece porque a pele não elimina corretamente as células mortas, ficando mais grossa e seca. Além disso, a pele pode ficar mais escura (hiperpigmentada), especialmente nas áreas onde há mais atrito, como as axilas e virilhas, já que o contato constante nessas regiões tende a remover parte das escamas. A intensidade dos sintomas pode variar bastante — alguns cães apresentam apenas leve descamação, enquanto outros têm placas visíveis de pele grossa e seca em várias partes do corpo.
A ictiose é uma doença de herança autossômica, o que significa que o gene responsável não está ligado ao sexo do animal, ou seja, tanto machos quanto fêmeas podem herdar e desenvolver a condição da mesma forma. De forma geral, a ictiose é uma doença rara e muitas vezes passa despercebida, principalmente nos casos mais leves. Até o momento, a única raça em que se observou uma maior frequência da forma não epidermolítica da doença é o Golden Retriever, com uma ocorrência que pode variar de 10% a mais de 40%, dependendo da população ictiose canina, teste genético para ictiose, doença de pele em cães, caspa em cãanalisada.
A ictiose canina não tem cura, mas o diagnóstico precoce e o controle adequado fazem toda a diferença na qualidade de vida do cão. Embora o diagnóstico clínico envolva a avaliação dos sinais na pele (como descamação, pele espessa e ressecada, infecções recorrentes e pelos quebradiços) e possa ser confirmado por biópsia de pele, hoje já é possível contar testes genéticos para ictiose canina.
Os testes genéticos permitem identificar a mutação responsável pela ictiose antes mesmo que os sinais clínicos apareçam, o que é especialmente importante para criadores que desejam evitar transmitir a condição a futuras gerações. Além disso, em cães com sintomas compatíveis, o resultado genético ajuda o veterinário a confirmar o diagnóstico e orientar os melhores cuidados para cada caso. Por isso, incluir o teste genético para ictiose na rotina de cuidados é uma forma de cuidar com antecedência e responsabilidade da saúde do seu cão, garantindo mais bem-estar e qualidade de vida.
A DNA Pets, realiza o teste genético para Ictiose 1 com tecnologia de ponta e análise especializada, através de uma amostra de DNA proveniente da saliva dos cães e coletada por swab bucal. Entre em contato e saiba quais outros exames nós oferecemos.
Esse conhecimento permite que tutores e criadores tomem decisões seguras sobre reprodução, prevenção e manejo clínico, garantindo mais segurança e bem-estar aos animais.
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